Fragmentados, volume 2
Autor(a): Neal Shusterman
Gênero: Distopia, Young Adult, Ficção Cientifica
Editora: Novo Conceito
Ano: 2017
Páginas: 416
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Sinopse: A Fragmentação tornou-se um grande negócio com poderosos interesses políticos e corporativos em jogo. O governo não quer apenas continuar com ela, como também expandi-la. Cam foi feito inteiramente com as melhores partes de fragmentados e, tecnicamente, ele é um garoto que não existe. Um verdadeiro Frankstein do futuro, que luta para encontrar sua identidade e se questiona se um ser como ele pode ter alma. Quando as ações de um sádico caçador de recompensas ameaçam a causa de Connor, Lev e Risa, o destino de um deles é ligado ao de Cam. A aguardada sequência de Fragmentados desafia a suposição de onde começa e termina a vida e o que realmente significa viver.
De inicio eu senti que estava lendo uma continuação igual ao inicio do primeiro livro. Os personagens que são apresentados me lembraram o próprio Connor, agora conhecido como Desertor de Akron, e Lev — o batedor que não bateu. Mas conforme a história vai ganhando ritmo e esses personagens que já são conhecidos e queridos pelos leitores aparecem a história vai ficando melhor, exceto por um pequeno porém: assim como o primeiro livro este é narrado em terceira pessoa pelo ponto de vista de vários personagens (alguns sem importância, eu ouso dizer) e nesses momentos eu me senti um pouco... desligada do que realmente importava. Claro que esses pontos de vista são importantes para a compreensão geral, mas como neste livro a sensação de aprisionamento é menor eu não via a necessidade de saber logo de cara o que estava acontecendo ali ou aqui. O autor não deixou muitas duvidas que me deixem desesperada pelo terceiro livro, entende?
Dos novos personagens eu realmente gostei muito de Miracolina. Assim como Lev ela é uma Dizimo (crianças que são geradas com o destino centro para a fragmentação) e aceita seu destino muito bem, mas após ser salva ela acaba refletindo se o que ela realmente quer é isso ou só aceitava porque sua fé era tão grande, porque ela somente via a sua vida como uma criança dizimo sem nenhuma outra perspectiva. Os questionamentos dela são semelhantes ao de Lev no primeiro livro, mas ela lidou com as coisas de forma diferente do que ele (e até melhor). Mas nenhum personagem se compara a Cam, um rapaz criado somente de pessoas fragmentadas. Gosto desse personagem pois ele me lembra essas historias onde um robô deixa em duvida todas as convicções dos seres humanos. Até que ponto Cam pode ser considerado humano? Ele é somente um amontoado de pedaços de adolescentes problemáticos e prodígios sem personalidade própria ou ele pode ter sua própria maneira de ver o mundo? Seu livro arbítrio pode não ser influenciado pelos pedaços de cérebro de outros? Ele tem alma? Ele conquista o leitor mesmo sendo uma criatura inimaginável e eu espero ser surpreendida com ele no próximo livro.
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