terça-feira, 15 de agosto de 2017

Resenha: Sobreviventes do Caos - Bianca Gulim

Título: Sobreviventes do Caos
Trilogia 2323, volume 1.
Autor(a): Bianca Gulim
Gênero: Distopia
Editora: Independente
Ano: 2016
Páginas: 457
Compre: Amazon
Sinopse: Em um mundo distópico, no ano 2323, após ser quase dizimada por um vírus mortal e pela guerra, a raça humana tenta se reestruturar. Com poucos recursos disponíveis, a humanidade encontra-se dividida em grupos que vivem de acordo com regras impostas por seus líderes. Celine cresceu nesse ambiente hostil e se tornou líder dos guerreiros de seu povo após a morte de seus pais. Seu grupo se envolve em diversos conflitos e a jovem precisa tomar as decisões que julga corretas para garantir a sobrevivência de seu povo, enquanto se envolve num forte romance, do qual tenta se manter afastada.
Aos poucos, ela descobre mais sobre as pessoas que a cercam e percebe que, quando se trata de lutar pela própria vida, poucos são previsíveis. Só os mais fortes sobrevivem, e os mais fortes normalmente são os mais cruéis. Nesse ambiente, o mais difícil é saber quem realmente está ao seu lado e quem é um traidor.
Será Celine capaz de manter sua benevolência frente à tanta violência que a rodeia? Seu coração terá espaço para a paixão, cercado de tanto ódio?
Prepare-se para muita adrenalina e romance nesse primeiro livro da trilogia 2323. Você vai perder o fôlego!

Sobreviventes do Caos é o primeiro volume de uma distopia nacional, criada pela autora Bianca Gulim. É um livro com uma premissa interessante e que desperta no leitor a vontade de saber logo de tudo.

O ano é 2323 e a humanidade foi quase inteiramente dizimada por um vírus mortal e consequentemente pela guerra. Os poucos que sobraram se juntaram e formaram grupos que estão espalhados por aí e vivem sob suas próprias regras. Não há tecnologia e alguns recursos que consideramos básicos. Celine é a líder dos guerreiros de um desses grupos, enquanto seu irmão Julio é o líder. Eles assumiram essas posições depois de seus pais terem sido mortos e desde então fazem de tudo pela sobrevivência de seu povo.
Depois de uma aliança com os Aligortes, um povo inferior e inimigo, Celine começa a descobrir uma rede de mentiras que envolve grupos e coisas que ela jamais imaginou ou teve acesso, e pode por tudo a perder.

Celine é uma personagem interessante, é forte e destemida, passou por maus bocados em sua vida que a fizeram a grande guerreira que é hoje. Tem uma personalidade difícil e é esquentada, mas acima de tudo é leal ao seu povo e seus guerreiros, é preocupada e faz de tudo pelo bem estar geral. Apesar de todos esses pontos positivos e que me fizeram criar um respeito pela Celine, ela também foi o principal motivo pelos pontos que me fizeram sentir um certo desgosto.
Como a história é narrada em primeira pessoa por Celine, nós temos a todo tempo esse temperamento estourado que as vezes a cega e deixa a situação um pouco irritante. Por vezes é como se víssemos uma adolescente birrenta tentando lutar uma guerra. Sua constante troca de emoções também me pareceu um pouco forçada, em alguns momentos ela estava espumando de raiva (com razão) e um segundo depois já estava pensando no seu par romântico, sua boca, suas carícias e afins. Era uma transição de estado muito rápida e não condizente com a situação. Para mim, isso poderia ter sido melhor trabalhado.

Quanto a trama posso dizer que sinto que vem coisa grande por aí. Por ser o primeiro livro nós começamos a ser apresentados a esse mundo e esses povos, mas não temos tantas informações assim, até porque temos a visão de Celine da história e ela mesma não sabe de tanta coisa quanto acha. O final é surpreendente e fiquei louca pra saber mais. O livro é cheio e ação e tensão, cenas de batalhas bem descritas e emocionantes.

A escrita de Bianca é jovem e dinâmica, não é arrastada em momento algum e consegue te prender.

Fica minha torcida para que Celine amadureça e se torne uma personagem ainda melhor nos próximos volumes, que aliás, estou louca pra ler e tenho certeza que qualquer leitor de Sobreviventes do Caos vai ficar como eu, de queixo caído e querendo desesperadamente mais.

4 comentários:

  1. Oi Nathalia, obrigada pela resenha.
    Que pena que vc não gostou logo da protagonista, e narradora.
    O equilíbrio entre ação e romance foi um dos aspectos mais trabalhados no livro. A ideia era fazer o leitor perceber o quanto a personagem é volátil, o quanto ela tem dificuldades em controlar suas emoções e, principalmente, o quanto seus sentimentos positivos por seu par se sobrepõe por seus sentimentos negativos. Em resumo, a ideia era mostrar o poder da paixão, do amor, em um coração destruído, de maneira sutil, sem muitos clichês. É uma grande pena que você não tenha interpretado dessa maneira, que esse trabalho não tenha funcionado com vc. Mas faz parte..
    Desejo sucesso ao blog!
    Um beijo

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  2. Oi Nathalia! Tudo bem?

    Estou tentando há alguns meses ler uma distopia e acredito que estou indo no caminho certo, pois o primeiro passo já dei que foi separar o livro rsrsrs

    Adorei a resenha.

    Grande abraço,
    www.cafeidilico.com

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    1. Olá Victor, autora do livro por aqui, tudo bem?
      Fico muito feliz por seu interesse por distopias. Espero que tenha a oportunidade de ler Sobreviventes do Caos em breve.
      Um beijo,

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  3. ¡Hola hola! Ya te seguía en Instagram y ahora te sigo también por tu blog. Te dejo el mío por si te apetece hacer lo mismo, si quieres deja un comentario donde más te guste: https://diariodeunachickalit.blogspot.com/ Abrazos!! ^^

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