terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Resenha: Dupla Falta - Lionel Shriver



Título: Dupla Falta
Autor: Lionel Shriver
Editora: Intrínseca
Páginas: 368
Sinopse: 
Mais que uma história de amor encenada no ambiente de alta-tensão do mundo do tênis profissional, Dupla Falta é um alerta sobre os limites da rivalidade e da paixão. Com a sagacidade que se tornou sua marca registrada, Lionel Shriver investiga o cenário perturbador do desequilíbrio de um casamento moderno.

Lionel Shriver nos oferece uma visão magistral e provocante do jogo romântico de um homem e uma mulher que não conseguem sobreviver ao próprio egoísmo.




Sinceramente é difícil falar sobre esse livro sem levar em conta todo o meu ódio pela personagem principal. Não li as outras obras da Lionel Shriver, mas se em todos os livros ela fizer personagens como essa, meu Deus, essa mulher consegue ser fantástica!


Dupla Falta conta a história de Willy e Eric - ou melhor dizendo, a história de Willy, onde o Eric é só mais uma "coisa" que aconteceu. 

Jogadora de tênis desde os 5 anos de idade, Willy crê que isso é sua vida e somente isso: o jogo é ela e ela é o jogo, não há Willy sem o tênis. Pouco estimulada pelos pais, Willy tem um senso de autocrítica forte, um desejo de sempre estar se cobrando cada vez mais. Até que um dia no meio de um de seus jogos, aparece um telespectador, Eric, que se encanta rapidamente com Willy e a partir daí vemos um romance florescer em meio as trocas de bolas - Eric também é tenista, porém, muito inferior a ela.
Avisada desde o começo que se envolver com alguém que seja do mesmo meio que ela poderia ser um problema, eles se casam e é aí que a dificuldade começa. Passamos a acompanhar o casamento deles desmoronar gradativamente enquanto ela cai e ele sobe no ranking. 

Demorei mais que o normal pra ler esse livro, primeiro por conta de todos os termos relacionados ao mundo do tênis. Um fã se sentiria em casa com a narrativa, um leigo nesse esporte, como eu, se sente um pouco perdido com todos os nomes de jogadas e torneios. Não atrapalha o entendimento da história, já que o foco aqui não é fazer de você um fã do esporte, mas entender 100% tudo que esta escrito é sempre melhor. 
Até metade do livro eu estava achando-o normal, mais um livro que eu leria e não causaria nenhum tipo de comoção, mas da metade para o final me vi bufando e xingando de raiva. É impressionante a personagem tão real que a Lionel cria, que me faz pensar se ela não se inspirou em alguém. Willy é simplesmente odiável, detestável e todos os sinônimos que houverem pra esse sentimento. 

A narrativa, apesar de lenta pra mim na maioria das vezes, é muito boa, dá para perceber nitidamente como a autora é boa no que faz e com certeza fiquei com vontade de ler mais coisas dela. A autora não se preocupa com um final feliz e sim com uma história real. Meu ódio pela Willy foi tão intenso que não consigo dizer se gosto do livro ou não, mas com certeza compensa a leitura. 

3 comentários:

  1. Oi Nath!

    Também odeio qdo o personagem não me cativa... apesar dos seus "poréns" eu gostei do enredo, quam sabe um dia... mas vc conseguiu fazer com que eu tbm não goste da personagem! rsrsrsrsrsrs

    Como sempre, ótima resenha!

    Bjo bjo^^

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  2. Nat!
    Bem difícil acompanhar a leitura de um livro onde não nos identificamos com a personagem e quando o assunto não nos interessa de certa forma e vem carregado de termos técnicos.

    “Não esqueça que Natal não é do Papai Noel tão pouco para ganhar presentes materiais, mas é a data que recebemos o melhor presente para nossa existência, Jesus!” (Rogério Stankewski)
    cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
    Participem do nosso Top Comentarista de Dezembro, serão 6 livros e 3 ganhadores!

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  3. Oi Nathália!

    Sempre quis comprar esse livro! Vejo sempre nas promoções a R$ 9,90!!!
    Mas nunca comprei. Acho que com a crise o preço deve aumentar o que é uma pena.
    Parabéns pela resenha, é uma pena que você tenha achado o ritmo meio lento.
    Dupla falta acontece num jogo de tênis. Pelo nome e pela rede na capa eu tinha essa suspeita. Mas agora lendo a resenha pude confirmar que se trata mesmo de uma história ligada ao tênis.
    e uma última coisa: pra mim, Lionel sempre foi nome de homem, não de mulher! hahahahaha

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