segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Resenha: Febre Vermelha - Francis Graciotto

Título: Febre Vermelha
Autor: Francis Graciotto
Gênero: Terror, distopia, aventura
Editora: Máquina de Escrever
Ano: 2016
Páginas: 288
Compre: Livrarias Curitiba - Direto com o autor
Sinopse: Um navio desgovernado encalha nas pedras em Praia Grande, com sua tripulação brutalmente assassinada em alto mar. Em pleno verão na Baixada Santista, a manchete nos jornais é vista com indiferença pela população, que está mais preocupada em curtir o feriado de ano novo. Em poucos dias, uma epidemia misteriosa se espalha pelo litoral, deixando seus infectados com uma febre ensandecedora, olhos vermelhos e fome insaciável. Ocorrências de extrema violência e canibalismo tornam-se cada vez mais comuns, e as autoridades não são capazes de lidar com o caos que domina as ruas e ameaça contagiar todo o país. 
Com cenários reais em Santos, São Paulo e região, acompanhe a perigosa jornada de um grupo de sobreviventes, cada um com motivações e problemas pessoais, dispostos a fazer o que for preciso para sobreviver à Febre Vermelha.



Febre Vermelha é um livro nacional que vem trazer mais uma eletrizante história de zumbis. Tudo começa quando um navio encalha em uma das praias de Santos, sem que se saiba o porquê. Dentro, a tripulação está toda morta. 
Com o feriado de ano novo a cidade está mais cheia do que o normal, com turistas de todas as partes querendo apenas aproveitar a virada do ano. No meio disso, começam a aparecer pessoas passando mal com suor excessivo, febre alta, olhos vermelhos e uma fome sem tamanho, e logo todos os sintomas dão espaço para uma enorme agressividade que faz com que essas pessoas ataquem aqueles que estão a sua volta. E assim, começa a contaminação e a epidemia de Febre Vermelha, como ficou conhecido esse caso, se espalha por toda Baixada Santista e logo, pelo estado de São Paulo.
No meio desse caos, pessoas dos mais variado tipos enfrentarão os maiores perigos de suas vidas para se manterem seguros e tentar fugir para um lugar onde consigam sobreviver. 

O livro é narrado em terceira pessoa e acompanha diversos personagens que vão se encontrando pelo meio do caminho e formando o grupo principal da história. Temos adolescentes, famílias religiosas, pesquisadores/professores, gente do exercito e até mesmo bandidos, cada um tentando proteger a si e a seus amados e lutando contra uma causa comum: os contaminados. 

Febre Vermelha não traz nada de muito novo para quem já está acostumado com histórias e filmes de zumbi, seu maior diferencial talvez seja o motivo para a infecção, que não é explicado neste primeiro volume mas com algumas pistas jogadas no ar já podemos imaginar como tudo começou, o que é bem interessante e pra mim, o que dá início a doença é um dos motivos mais prováveis de acontecer na vida real (dica: tudo culpa de nós humanos). 

Os personagens são bem construídos e tem características bem definidas que os diferenciam e os destacam. A narrativa do autor é bem direta ao ponto mas sem deixar de te dar o necessário para imaginar tudo perfeitamente. 
Francis conseguiu passar muito bem todo os desespero, medo, raiva e instinto de sobrevivência que uma situação como essa causa nas pessoas, além de mostrar muito bem como o ser humano pode ser ainda pior em casos como esse, se aproveitando da situação para mostrar o que há de pior dentro de si. 

As cenas de ação são muito bem descritas e as mortes são sanguinárias como é de se esperar. Fica claro que o autor se preparou bastante antes de criar a história, já que descreve muito bem armas, procedimentos, entre outros. 

Minha única crítica é que ao mudar o foco de um personagem para o outro, não há uma divisão de capítulos ou ao menos uma linha pulada. De um parágrafo para o outro já muda o personagem que estamos acompanhando e isso quebra um pouco o ritmo da leitura, além de confundir um pouco no começo do livro quando ainda não estamos totalmente familiarizados com todos. Se não fosse esse pequeno detalhe - que me atrapalha muito e sei que pode atrapalhar outras pessoas -, a leitura teria sido muito mais proveitosa ainda. 

Recomendo o livro para os fãs de zumbis e para aqueles que querem começar a ler histórias do tipo e fico ansiosamente no aguardo do próximo volume!


9 comentários:

  1. Olá!
    Não conhecia a obras, mas me chamou muito a atenção.
    Adoro histórias com zumbis e essa parece ser das melhores. Fiquei curiosa com relação ao motivo da infecção.
    Acho que a questão de não ter nenhuma divisão na mudança dos focos dos personagens também me incomodaria bastante. Deve confundir muito o leitor.
    Mas pretendo ler se tiver oportunidade.
    Ótima resenha.
    Beijos.

    Li
    Literalizando Sonhos

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  2. Oi, Nat. Eu não conhecia a história e sua resenha chamou minha atenção. Sabe o que mais me deixa curioso? É saber a relação dos sobreviventes entre si, afinal cada um tem uma caracteristica bem própria e índole também. Concordo muito contigo sobre essa falta de sinalização acerca de quem esta narrando. Isso meio que trava a leitura, mas isso é um erro muito mais de diagramação e organização textual que do enredo em si.

    http://porredelivros.blogspot.com

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    1. Oie! E foi mesmo erro de diagramação, não foi culpa do autor :/ Super falta de atenção deles isso.
      Também gosto muito dessa relação entre pessoas tão diferentes numa situação tão diferente.

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  3. Olá,
    Desconhecia a obra e já de cara adicionei em minha lista de leituras.
    Isso porque ainda não li nenhum livro que fosse da literatura nacional que trouxesse zumbis em seu enredo e ainda com ambientação aqui pelas terrinhas mesmo, mais precisamente em Santos o que me chamou muito a atenção.
    A premissa é bem interessante, embora tenha ficado um pouco triste ao saber dessa falta de sinalização de quem está narrando, o que sempre me deixa confusa e atrapalha a leitura.

    http://leitoradescontrolada.blogspot.com.br/

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  4. Muito obrigado pela resenha, Nathalia! Fico feliz que tenha gostado. :)
    Um abraço.

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  5. Não sou muito fã de zumbis, mas a história me deixou curiosa. Acho que seria interessante acompanhar vários personagens de núcleos diferentes tentando sobreviver, uma pena que a divisão de pontos de vista não tenha ficado muito clara pois creio que isso também me atrapalharia um pouquinho. Não conhecia a obra, mas certamente leria. Beijos!!

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  6. Olha, não curto zumbis, mas essa história me pareceu maravilhosa!!!
    Fiquei bem curiosa para ler, fora a capa que é muito bonita.
    Agora esse fato de não haver nenhum tipo de distinção ao mudar de personagem no decorrer da trama, é realmente desagradável.

    Ana
    https://literakaos.wordpress.com/

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  7. Olá Nathalia, tudo bem?

    Eu não conhecia o livro, tampouco a editora em que foi publicado, mas fiquei bem ansiosa por se tratar de zumbis, um tema que sempre gosto de acompanhar, seja nos livros, séries ou filmes.
    Vou procurar saber mais sobre ele e alguma promoção, rs.

    Beijos

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  8. Olá,
    Eu fiquei bastante curiosa com o livro, porque adoro livros com zumbis. Gostei da ideia que o autor trouxe da Febre Vermelha e fiquei curiosa para saber como isso aconteceu (humanos sempre provocam esse tipo de coisa). Gostei da resenha.
    Beijos,
    Delírios Literários da Snow

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