Título: Angus - O Primeiro Guerreiro
Autor(a): Orlando Paes Filho
Gênero: Fantasia
Editora: Novo Conceito
Ano: 2017
Páginas: 368
Sinopse: Bretanha, ano de Nosso Senhor de 863. Uma invasão dos homens do norte arrasa a Ilha da Bretanha.
Cidades e monastérios são deitados ao chão. Os invasores fazem frente aos maiores reis da Bretanha, tudo se torna árido pela devastação. A morte se espalha por toda parte.
Mas há um guerreiro de nome Angus MacLachlan que não parece tombar diante dos ataques daneses. Ele não se curva aos dominadores nórdicos. Parece abençoado, luminoso, assim como luminosa é sua espada a espalhar cadáveres dos invasores.
Ele liberta os cativos e propõe uma nova resistência. Unifica reis. Um oponente terrível contra a invasão, que tenta destruir a Bretanha e seus reinos para sempre.
Toda vez que vejo um livro com ótimas críticas, sempre com classificações altas, eu me sinto um peixe fora d’água por não ter gostado, fico até sem saber direito qual foi o vilão, se sou eu mesma ou minhas expectativas. Bem, eu queria muito ter gostado de Angus – O primeiro guerreiro, volume um da trilogia de Orlando Paes Filho, no entanto eu tentei, foi a duras penas que li esse livro, foram uns dois meses para concluir a leitura de pouco mais de 300 páginas e digo que foi sofrido, não consegui me envolver e a leitura sem dúvidas não fluía...
Acredito que o principal motivo que me levou a não gostar desta leitura seja a narrativa. Angus é narrado em primeira pessoa pelo protagonista que da nome ao livro, ficamos muito presos em suas atitudes, ações e pensamentos, e quando o personagem não é carismático essa narrativa passa a ser extremamente maçante, fraca e desestimulante para leitura. Vejam bem, se fosse em terceira pessoa talvez teríamos um respiro e pudéssemos conhecer melhor outros personagens, afinal Angus não é um herói que passa simpatia, ele é até forçado e caricato em várias ocasiões. No começo da trama vemos um Angus mais jovem e terminamos o livro com ele adulto, um homem, no entanto não consegui enxergá-lo como tal, como se essa transição de fato não tivesse acontecido... Talvez por isso mesmo outro estilo narrativo poderia ter funcionado melhor.
Não digo que a história em si é ruim, pelo contrário, creio que os fãs de RPG e fantasia medieval vão apreciar bem mais, eu até que gosto de ambos, mas a lentidão da narrativa, o protagonista e a falta de envolvimento acabou causando um certo desgosto nesta leitura. Mesmo tendo muita ação e batalhas, Angus – O primeiro guerreiro caminha muito devagar, é extremamente descritivo e até repetitivo em alguns pontos, tornando bem cansativa a leitura, eu não conseguia ler nem 15 páginas que batia um sono e muitas vezes eu fica perdida na história, precisando sempre reler para compreender aonde Angus queria chegar... Não foi uma leitura satisfatória, nem mesmo estimulante, por diversas vezes eu pensei em desistir e abandonar o livro, mas insisti e infelizmente continuei com a mesma opinião desde o começo da leitura.
A respeito da edição, fica aqui meus parabéns para editora Novo Conceito que arrasou, temos ilustrações que compõem a trama, boa fonte e diagramação, gostei também que as folhas estejam mais grossas que as que estamos acostumados, acredito que sejam por conta das ilustrações para que o pigmento da impressão fique boa nos desenhos, o que sem dúvida se mostrou certo, pois a edição está bem bonita.
Enfim, Angus – O primeiro guerreiro é um livro para um público específico ao meu ver, claro que isto pode fugir a regra, mas se você gosta de um livro mais dinâmico e ágil, talvez Angus não te satisfaça completamente. No entanto para quem gosta de histórias medievais, épicas e cheias de referências mitológicas com certeza vai apreciar muito mais a obra.
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