Resenha: O homem no espelho - Vivianne Sophie

Título: O Homem no Espelho
Autor (a): Vivianne Sophie
Gênero: Fantasia
Editora: Constelação Editorial
Ano: 2017
Páginas: 260
Avaliação: ★★★★
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Sinopse: Jennifer Mills sempre foi cética quando o assunto se tratava de seres sobrenaturais, vivendo em meio à turbulência de Nova York tudo que ela queria era descobrir porque não sonhava, já que o mundo dos sonhos parecia bem atrativo. Quando uma oportunidade de trabalhar no Museu de História Natural surge em sua vida, ela não mede esforços para ser reconhecida em seu cargo. Mas logo na sua primeira tarefa, coisas estranhas começam a acontecer. Uma coleção de artefatos vindos da Índia precisam ser catalogados. Dentre eles, um espelho negro sem origem certa. Esta é a primeira missão de Jennifer, descobrir a real natureza do misterioso objeto.
Mas a medida que ela se embrenha mais na história do espelho, episódios cada vez mais estranhos vão surgindo em sua vida: Sombras que espreitam os seus caminhos, histórias de deuses hindus envolvendo a criação do espelho e seu primeiro sonho, que é lindo e aterrorizante, tanto quanto a figura que começa a aparecer no espelho. Dispostas a ir contra as crenças de tudo que acreditou na vida, Jennifer descobrirá que sua real natureza, é a resposta para maioria das suas perguntas.
Uma mistura de Dark Fantasy, com mitologia hindu e aventuras em um reino perdido, “O Homem no Espelho” promete encantar os leitores com uma história inesquecível e bem ambientada. Se entregue a magia e mergulhe em universo totalmente novo, onde as dimensões não têm limites.

Vamos começar falando do trabalho gráfico desse livro, porque ele é lindo. Por se tratar de uma história com ares da cultura da Índia, a capa é perfeita e a simplicidade das cores me conquistou totalmente. Por dentro, as folhas são de boa qualidade e cada começo de capítulo encanta nos detalhes e na página da cor preta. É um daqueles livros que a gente adora ter embelezando a estante.

Quanto a história em si, adorei a autora mesclar a cultura indiana com a fantasia; não é uma cultura que vemos muito em livros do gênero, mesmo que tenha um material vasto para histórias dos mais diversos tipos. Pra mim, a autora acertou em cheio nessa escolha.
A personagem principal, Jennifer, também conquista a simpatia do leitor. É uma moça inteligente e amorosa, com força e garra suficiente para fazer jus ao seu papel de principal.

Tendo sido abandonada ainda bebê de forma misteriosa, passando a vida toda sem ter sonhos e agora trabalhando num museu de história, a vida de Jennifer tem enigmas que ainda nem imagina, mas que começam a surgir com o novo emprego. Com a chegada de artefatos indianos e entre eles, um misterioso espelho negro, Jennifer começa a se sentir estranha, de certa forma, ligada ao espelho, e um estranho maravilhoso, Ravi, aparece em sua vida. Jennifer irá descobrir que não é uma mulher qualquer, descobrirá que tem um passado, uma linhagem e um destino a cumprir.

A escrita da autora é envolvente e te deixa atento querendo descobrir todas as respostas para os mistérios e chegar logo na grande batalha final, prometida desde o começo. Os personagens não são muitos, o que é um pouco comum em livros de fantasia, e e dá pra acompanhar a história tranquilamente sem se perder com tantos nomes. Ainda, todos são bem carismáticos - menos os vilões, é claro, que percebemos desde o começo quem são.

A autora só peca ao fazer um final extremamente corrido para o andamento da história. Vocês provavelmente não me verão falar isso novamente, mas esta é uma história que merecia mais de um volume. Um segundo livro contando a ida deles para a batalha, a batalha em si, mais prolongada e detalhada, teria sido mais proveitoso e mais rico para o leitor. A história de Jennifer tem muitas coisas a serem resolvidas desde o começo, e isso merecia uma atenção maior. Mas, apesar disso, gostei muito do livro como um todo e fiquei querendo ler outras obras da autora.

Vivianne, em minha opinião, faz parte da riquíssima leva de novos autores nacionais que devemos apoiar e divulgar, porque tem muito talento.