quarta-feira, 18 de março de 2020

Resenha: Na Escuridão da Floresta - Eliza Wass

Título: Na Escuridão da Floresta
Autor (a): Eliza Wess
Gênero: Ficção, YA
Editora: Verus
Ano: 2017
Páginas: 210
Compre: Amazon
Sinopse: Castella Cresswell e seus cinco irmãos sabem o que é ser diferente. O mundo deles se resume à casa decrépita da família na escuridão da floresta. Os irmãos obedecem estritamente às leis de Deus, cujas mensagens são transmitidas através de seu pai. Uma delas diz que eles são as únicas pessoas puras na terra e deverão se casar uns com os outros em uma cerimônia divina. Na escola, eles ainda são encarados como os esquisitos de sempre, que aparecem com hematomas inexplicados e vivem em completo isolamento. Até Castley ser obrigada a fazer dupla com George Gray, que oferece a ela um vislumbre do que é uma vida com liberdade e opções. O mundo de Castley rapidamente se expande para além da floresta que ela conhece tão bem e das crenças que um dia ela pensou serem as únicas verdades. Há um futuro esperando por ela se conseguir escapar das garras de seu pai, mas a garota se recusa a deixar os irmãos para trás. E, justo quando ela começa a bolar um plano, seu pai faz um anúncio arrepiante: os Cresswell em breve retornarão para seu lar no paraíso. Com o tempo se esgotando, Castley precisa arrumar um jeito de expor toda a extensão da loucura de seu pai. A floresta manteve a verdade no escuro por muito tempo, e agora Castley pode ser a última esperança de salvação para os irmãos Cresswell.


A narradora do livro é Castella, ou Castley, como é chamado durante o livro todo. Ela é uma Cresswell, uma excêntrica família que vive no meio do bosque e é composta por um casal e seis filhos, três meninos e três meninas. O pai é um lunático que acredita ser um mensageiro de Deus, e sua família dignos de viver no paraíso, com o detalhes que todos os filhos são destinados a ficarem juntos no céu, como casais. Sendo assim, toda a vida e rotina dos adolescentes é pautada nos sonhos, pensamentos e escrituras de seu pai: o modo de se vestir, o que consumir, o que ler (basicamente uma bíblia escrita a punho pelo pai, à sua forma), com quem falar. Por muita insistência, as crianças conseguem frequentar a escola, mas enfrentam todo o preconceito das pessoas da cidade, já que são completamente estranhos.

O livro é muito bem escrito e prende a atenção do leitor. Tem um ar sombrio e melancólico que me atraiu desde o começo. Castley é uma boa personagem e boa narradora, não se perdendo em pensamentos cansativos. As descrições estão na medida certa para mim, assim como os diálogos. A premissa da história - cara louco que arrasta a família pra loucura - é o que me fez adquirir este livro, e estava com a expectativa alta para a história, já que este tipo me atrai, porém, apesar de ter sido uma leitura de certa forma prazerosa, fiquei decepcionada com o desfecho da trama que foi feito de maneira muito rápida somente nas páginas finais, sem dar a importância que o momento necessitava.
Tudo se resolveu muito rápido e de maneira fácil, levando apenas o conflito interno da Castley em conta. Ela resolve tudo, mas o tudo é muito pouco para a trama.

A autora poderia ter aproveitado mais personagens tão excêntricos e uma trama de certa forma diferenciada. A história tinha tudo pra ser nota cinco, mas acaba sendo apenas mais um livro que li e colocarei para troca ou doação. Escrevo esta resenha logo após o término da leitura e só consigo sentir decepção com algo que esperava tanto. Sinto falta de uma explicação para a loucura do pai e sinto falta de um trabalho mais elaborado com o final.

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