Título: O advogado rebelde
Autor: John Grisham
Gênero: Crime, romance policial
Editora: Rocco
Ano: 2016
Páginas: 400
Sinopse: Na lista dos mais vendidos do The New York Times desde o lançamento nos EUA, em outubro de 2015, O advogado rebelde apresenta um dos mais ousados protagonistas do mestre dos thrillers de tribunal John Grisham. Sebastian Rudd é o advogado rebelde da trama. Seu escritório é uma van blindada, seu motorista anda fortemente armado e seus clientes são pessoas das quais a maioria dos advogados prefere manter distância, como um jovem viciado acusado de participar de um culto satânico e molestar e matar duas crianças pequenas. Mas Sebastian Rudd acredita que todos merecem um julgamento justo, ainda que ele tenha que trapacear para fazer justiça. Em sua melhor forma, Grisham constrói um suspense eletrizante e não se furta a criticar o sistema judiciário e as grandes corporações neste novo romance.
Resenha postada originalmente no blog Estilhaçando Livros
O Advogado Rebelde conta a história de Sebastian Rudd, um advogado conhecido por defender bandidos independente de seus crimes. Sua fama o precede não só pelo tipo de gente que defende mas também pelo modo como advoga. Sem se importar com limites éticos e morais, Rudd faz de tudo para ganhar, principalmente quando os "mocinhos" estão pegando pesado na sujeira. O livro é dividido em 6 partes e cada uma delas trata de um caso diferente, mas todas as pates e casos estão ligadas entre si. Ao fundo, a história de um divórcio e guarda do filho conturbados e infinitas ameaçar de morte, é contada.
O livro é narrado em primeira pessoa por Rudd, o que pode ser ao mesmo tempo interessante e chato. Ele com certeza é um personagem irreverente, rebelde como muitos dizem e isso o diferencia de protagonistas comuns. Apesar de ser um advogado, ele não se importa exatamente com as leis ou com a ética quando precisa fazer alguma coisa que ultrapasse essas fronteiras. Rudd luta sim contra um sistema corrupto e injusto, tem seus pontos ao tentar fazer algumas boas ações mas isso não o libera de ser uma pessoa errada. Ao mesmo tempo, a narração em primeira pessoa se torna um tanto quanto chata justamente por essa personalidade que não causa um afeiçoamento por parte do leitor.
Não vou apontar se o livro é bom ou ruim, isso depende muito do gosto pessoal de cada um, mas posso dizer que o livro não funcionou comigo. A leitura foi extremamente enfadonha e posso afirmar que muitas partes poderiam ser puladas sem prejuízo para o entendimento. Rudd narra os acontecimentos de um tribunal e de relações com a polícia de forma a deixar claro seus pensamentos e detalha bem cada passo. Para uma pessoa interessada em conhecer esse mundo, tudo isso pode ser interessante mas pra um leitor, como eu, que pega o livro sem saber tão bem assim o que encontrar e pretende ter uma leitura agradável para passar o tempo, isso se torna cansativo.
Rudd também acaba se tornando muito repetitivo em sua narração, principalmente na primeira parte do livro onde senti que afirmações foram repetidas quase que inteiramente iguais.
Os casos chamam a atenção e abrem uma certa curiosidade, que seria mais atiçada com uma narrativa mais ágil. Todos eles se relacionam e acontecem num período de tempo curto. Algumas são bem fantasiosas num primeiro momento mas nada que não seja aceitável. Porém, alguns acontecimentos com o advogado, sim, ultrapassam um pouquinho o que parece ser real.
O livro pra mim acaba não merecendo todos os elogios que tem na capa. É sim um livro bem escrito apesar de se arrastar um pouco, mas nada que o torne destacável entre outros.
O trabalho da Rocco é simples e bem feito, a capa do livro chama a atenção.
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